O consumo de cafeína é uma prática comum no dia a dia de muitas pessoas, especialmente durante a manhã. No entanto, o hábito de ingerir cafeína, particularmente em horários específicos, pode ter implicações significativas para a saúde cardiovascular. Este artigo explora os efeitos do consumo de cafeína no coração, destacando os momentos do dia em que seu impacto pode ser mais acentuado.
É comum que muitas pessoas sintam uma queda de energia no meio da manhã, por volta das 11 horas. Esse fenômeno ocorre devido a uma queda natural nos níveis de cortisol, um hormônio que ajuda a regular o estado de alerta. Em resposta, muitos recorrem a uma segunda ou terceira xícara de café para combater essa sensação de cansaço.
Por que o consumo de cafeína no meio da manhã pode ser prejudicial?
O consumo de cafeína no meio da manhã, especialmente em jejum, pode ter efeitos adversos no sistema cardiovascular. Quando ingerida sem alimentos, a cafeína é absorvida mais rapidamente, o que pode intensificar seus efeitos no organismo. Isso inclui o aumento dos níveis de cortisol, que pode elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Além disso, o consumo frequente de cafeína em jejum pode levar a um estado de alerta excessivo, aumentando a ansiedade e a sensação de nervosismo. Embora o uso moderado de cafeína não esteja diretamente associado a riscos cardiovasculares elevados, o hábito diário de consumi-la em jejum pode, ao longo do tempo, sobrecarregar o sistema cardiovascular.
Qual é a quantidade segura de cafeína?
O consumo moderado de cafeína é geralmente considerado seguro e pode até oferecer benefícios à saúde. No entanto, é importante não exceder a ingestão diária recomendada, que varia entre 200 e 400 mg, o equivalente a duas a quatro xícaras de café. Quantidades superiores a essas, especialmente quando consumidas rapidamente ou em jejum, podem aumentar os riscos de efeitos adversos.
Os efeitos cardiovasculares mais comuns incluem um aumento na pressão arterial sistólica, aceleração da frequência cardíaca e sensação de nervosismo. Embora a cafeína não esteja diretamente ligada à fibrilação atrial, pode causar palpitações, que geralmente são inofensivas, mas desconfortáveis.

Quem está mais vulnerável aos efeitos da cafeína?
Certos grupos de pessoas são mais suscetíveis aos efeitos da cafeína, especialmente quando consumida no meio da manhã sem alimentos. Entre eles estão indivíduos com hipertensão ou riscos cardiovasculares conhecidos, mulheres durante a menstruação ou perimenopausa, pessoas com transtornos de ansiedade e aqueles com variantes genéticas que afetam o metabolismo da cafeína.
Para essas pessoas, é aconselhável consumir cafeína com moderação e sempre consultar um médico ou profissional de saúde em caso de dúvidas sobre o consumo seguro.
Quais são as alternativas saudáveis ao consumo de cafeína?
Antes de recorrer a uma segunda xícara de café em jejum, considere alternativas mais saudáveis. O chá verde descafeinado, por exemplo, contém teanina, flavonoides e uma quantidade mínima de cafeína, oferecendo um efeito calmante. O chá Rooibos, por sua vez, é livre de cafeína e rico em antioxidantes.
Outra opção é a prática de atividade física leve ou uma breve caminhada, que pode aumentar naturalmente o estado de alerta. Além disso, manter-se hidratado é essencial, pois a desidratação pode ser confundida com fadiga.