Há algumas décadas, era comum istrar remédios contra vermes regularmente em crianças, com o objetivo de protegê-las de parasitas. Essa prática criou a crença de que o uso periódico de Vermífugos é necessário para manter a saúde. No entanto, essa abordagem não é mais recomendada e pode trazer riscos à saúde.
O uso indiscriminado de Vermífugos , sem orientação médica, pode resultar em efeitos colaterais indesejados e prejudicar o equilíbrio da microbiota intestinal. Este artigo explora as razões pelas quais o uso de Vermífugos deve ser feito com cautela e sob prescrição médica.
Por que o uso de Vermífugos não é mais necessário?
No ado, a istração de Vermífugos era justificada pela falta de saneamento básico adequado, que aumentava o risco de contaminação por parasitas. Em áreas urbanas, onde o saneamento é eficiente, o risco de infecção por vermes é significativamente reduzido. Portanto, o uso regular de Vermífugos sem prescrição não é mais necessário.
Além disso, a crença de que o uso de Vermífugos pode “limpar o corpo de impurezas” não tem base científica. A prática de ingerir esses medicamentos sem necessidade pode ser prejudicial à saúde, especialmente quando não há evidências de infecção por parasitas.
Quais são os riscos do uso indiscriminado de Vermífugos?
O uso de Vermífugos sem indicação médica pode expor o indivíduo a efeitos colaterais, como desconforto gástrico, náuseas, tontura e sonolência. Além disso, esses medicamentos podem alterar a microbiota intestinal, que desempenha um papel crucial na regulação do sistema imunológico e na absorção de nutrientes.
Estudos associam o desequilíbrio da microbiota a problemas de saúde, como distúrbios intestinais, obesidade, depressão e até doenças cardíacas e câncer. Portanto, é essencial que o uso de Vermífugos seja a casos em que há indicação médica clara.
Quem realmente precisa de tratamento regular com Vermífugos?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento preventivo com Vermífugos é recomendado em áreas endêmicas, onde a prevalência de infecções por helmintos é alta. Nessas regiões, o tratamento regular pode melhorar a saúde e o desenvolvimento cognitivo de crianças em idade escolar e pré-escolar.

Em áreas com mais de 20% de prevalência de helmintos, o tratamento é recomendado uma vez por ano. Em regiões com mais de 50% de prevalência, o tratamento deve ser realizado duas vezes ao ano. Isso ajuda a prevenir desnutrição e anemia por deficiência de ferro, além de melhorar o crescimento e a frequência escolar das crianças.
O que fazer se houver suspeita de verminose?
Se houver suspeita de verminose, como diarreia, dor abdominal, cansaço constante ou presença de pontos brancos nas fezes, é fundamental procurar orientação médica. O diagnóstico adequado e o tratamento prescrito por um profissional de saúde são essenciais para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.
Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, a consulta médica é o melhor caminho para esclarecer a situação e evitar o uso desnecessário de medicamentos.
Portanto, é importante que a população esteja ciente dos riscos associados ao uso desnecessário de Vermífugos e busque sempre orientação profissional antes de iniciar qualquer tratamento.
Este artigo foi revisado por:Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271

