
A segunda-feira de carnaval agitou os foliões na Galeria dos Estados. Marcado pela diversidade cultural e musical, o bloco Desmaiô contou com muitos foliões caracterizados e frenéticos, sendo eles crianças, adolescentes ou adultos, que colocaram para fora a alegria e o entusiasmo se sintonizando com o clima carnavalesco de Brasília. O tempo está nublado e não teve chuva para atrapalhar os festeiros.
Isaque Queiroz, 36 anos, seus amigos e familiares transformaram a pista de dança em uma pista de corrida. Eles foram fantasiados com uma boia em forma de pneu no corpo e com uma numeração do carro nas costas. Quando iam para a pista de dança e uma música começava a tocar eles se chocavam como se fossem carrinhos bate-bate.
“A gente fez os carrinhos de bate-bate. Ficamos se batendo na pista de dança, fingimos que temos aquelas anteninhas dos carros e colocamos o número de identificação em cada um. É bom porque o pessoal daqui é muito animado, então ninguém fica parado. Segurança, animação e fantasias é o que estou mais gostando neste bloco”, explicou Isaque.
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O repertório musical do bloco, marcado pelo axé, o pagodão, o pop brasileiro, músicas internacionais parodiadas agitou a pista. Felipe Brandão, 29 anos, foi uma das pessoas que amou as músicas tocadas. Quanto à fantasia, Felipe honrou o nome do bloco e veio devidamente a caráter. O rapaz vestiu um maiô junto com um chapéu verde, descreveu o que mais gosta em um bloco de carnaval e contou um pouco sobre seu estilo musical. “A liberdade de festejar com os amigos, dançar uma música do jeito que você quiser, da forma que cada um conseguir é sensacional. Axé baiano, pagodão da Bahia e swing são meus estilos musicais favoritos, me sinto livre pra curtir, festejar e dançar com músicas desse tipo”, afirmou.
Das diversas fantasias apresentadas no bloco, as que se destacam são as inovadoras, nas quais as pessoas caracterizadas procuram recursos da própria casa para fazer o traje. Esse foi o caso de Eduardo Damasceno, 41 anos, morador da Asa Norte que se fantasiou de arara com as coisas que encontrou em casa e que está pulando carnaval em Brasília depois de ter experimentado as festas do feriado em outras cidades.
“Acho que essa cultura de rua que tá se estabelecendo da pessoa sair de casa para procurar um bloquinho só Brasília tem. Estamos fazendo o nosso próprio carnaval. Aqui, você vê cada vez mais gente fantasiada, gente saindo com família, resgatando essa cultura eu acho isso bem legal, esse é o diferencial daqui”, afirmou.
Estagiário sob a supervisão de Adriana Bernardes
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