Meu Deus

Ex de Paulo Cupertino faz acusação no tribunal sobre morte de Rafael Miguel

Vanessa Tibcherani relata anos de violência e diz acreditar que o ex matou o ator e os pais dele "a sangue frio", a filha do casal também denuncia abusos

Paulo Cupertino e Rafael Miguel

 -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Paulo Cupertino e Rafael Miguel - (crédito: Reprodução/Instagram)

O julgamento que tenta esclarecer o triplo homicídio que aconteceu em 2019 ganhou novas denúncias nesta quinta-feira (29), com o depoimento da ex-companheira de Paulo Cupertino, Vanessa Tibcherani. Pela primeira vez diante do júri, ela detalhou o terror vivido ao lado do réu e apontou, com todas as letras, Cupertino como responsável pelo assassinato do ator Rafael Miguel, de 22 anos, e de seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, ambos com 50 anos.

A cena do crime , que ficou marcada para sempre na memória do país — aconteceu na Zona Sul de São Paulo. Rafael, então namorado da filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, havia ido com os pais à casa da jovem para conversar sobre o relacionamento. Foi ali, segundo a denúncia, que Paulo Cupertino teria reagido com fúria, sacado uma arma e disparado contra os três, em plena luz do dia.

No tribunal, Vanessa não hesitou:
“Ele matou três pessoas a sangue frio. Bateu em mim a vida inteira. Imagina o que ele faria com estranhos?”

A mãe de Isabela revelou ter vivido anos sob o domínio psicológico e físico de Cupertino, a quem descreveu como agressivo, controlador e perigoso.
“Eu vivi sob o jugo dele, prisioneira de sua agressividade”, declarou, em voz firme.

A filha do casal, Isabela, também prestou depoimento. E sua fala não deixou dúvidas sobre o ambiente em que vivia:
segundo ela, após Cupertino descobrir o namoro com Rafael, ela foi privada de celular, liberdade e qualquer contato com o mundo externo. Um verdadeiro cativeiro doméstico.

Mesmo diante das acusações, Paulo Cupertino manteve a versão de que não é o autor dos disparos. Alegou ter testemunhado outra pessoa cometendo o crime, mas não conseguiu identificar o suposto atirador.
“Impossível eu ter cometido esse crime. Não tinha motivo, nunca existiu crime premeditado”, afirmou. Em um momento de tensão, chegou a ser interrompido pela própria defesa, após se exaltar.

Em carta enviada à Justiça, o réu criticou a mídia e se disse vítima de julgamento antecipado:
“Mesmo no colchão fino da prisão, durmo bem, porque não me vem a imagem de eu matando Rafael, Miriam ou João”, declarou, em tom desafiador.

 

FM
postado em 30/05/2025 10:36
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