{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/direito-e-justica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/direito-e-justica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/direito-e-justica/", "name": "Direito e Justiça", "description": "Artigos, entrevistas e colunas publicadas no suplemento semanal Direito & Justiça, todas as quintas-feiras, no Correio Braziliense ", "url": "/direito-e-justica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/direito-e-justica/2024/12/7015502-stf-discute-com-a-sociedade-civil-o-trabalho-em-plataformas-digitais.html", "name": "STF discute com a sociedade civil o trabalho em plataformas digitais", "headline": "STF discute com a sociedade civil o trabalho em plataformas digitais", "description": "", "alternateName": "Visão do Direito", "alternativeHeadline": "Visão do Direito", "datePublished": "2024-12-19T03:00:00Z", "articleBody": "

Por Luara Borges Dias* —</strong> Em 9 e 10 de dezembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma audiência pública, convocada pelo ministro Edson Fachin, para discutir a existência de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativos e empresas de plataformas digitais, no contexto do Recurso Extraordinário nº 144.6336/RJ.</p> <p class="texto">O evento contou com 58 exposições, envolvendo empresas, trabalhadores, pesquisadores e entidades representativas, além das partes do processo: a Uber e a empregada, conforme decisão da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).</p> <p class="texto">A Uber defendeu sua posição como empresa de tecnologia, argumentando que os motoristas possuem liberdade e autonomia no desempenho de suas atividades, o que tornaria o modelo incompatível com o regime previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p> <p class="texto">Por outro lado, a trabalhadora, representada por Meilliane Villar, sócia da LBS Advogadas e Advogados, fundamentou-se nos princípios da primazia da realidade e da tutela constitucional do trabalho para sustentar a existência de vínculo empregatício, conforme previsto na CLT.A argumentação destacou que a relação apresenta características de pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação.</p> <p class="texto">A maioria das 58 exposições reforçou a necessidade de reconhecer, ao menos, a relação de trabalho, se não o vínculo empregatício.</p> <p class="texto">Entre os pontos debatidos, destacou-se a defesa da competência da Justiça do Trabalho e a garantia de condições mínimas de trabalho decente, alinhadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 8 da ONU e à legislação internacional, com menção especial ao modelo espanhol.</p> <p class="texto">O ree dos custos da atividade empresarial à sociedade e a ausência de responsabilidade social, trabalhista, tributária, consumerista e concorrencial foram duramente criticados. O advogado da CUT, José Eymard Loguercio, também da LBS Advogadas e Advogados, classificou esse modelo como a criação de "Empresas Zona Franca".</p> <p class="texto">Ao término dos dois dias de audiência, concluiu-se que instituições acadêmicas, entidades públicas e trabalhadores convergem na defesa do reconhecimento de que entregadores, entregadoras e motoristas são sujeitos de direitos humanos trabalhistas.</p> <p class="texto">Como representante da Amae-DF na audiência, manifesto a esperança de que o STF, ao julgar o tema, acompanhe o entendimento amplamente expresso pela sociedade civil. O reconhecimento do vínculo empregatício nessas relações é imprescindível para a construção de uma sociedade mais justa, livre e igualitária.</p> <p class="texto"><strong><span id="docs-internal-guid-905bf1bd-7fff-5635-a21e-77a70d6e2deb">*Sócia e advogada do LBS Advogadas e Advogados</span></strong><br /></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7010023-como-a-reforma-tributaria-afeta-o-setor-imobiliario.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/11/675x450/1_wilson-42899380.jpg?20241212164943" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Como a reforma tributária afeta o setor imobiliário?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7010028-a-democracia-que-falta-na-maior-entidade-de-classe-do-brasil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/14/14102024ea_27-40698491.jpg?20241211235457" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>A democracia que falta na maior entidade de classe do Brasil</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7010027-limites-para-duty-to-mitigate-the-loss.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/06/675x450/1_vander_brito__advogado_trabalhista_jpeg-42586917.jpg?20241212010532" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Limites para "duty to mitigate the loss"</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/12/7010026-o-que-e-justica-para-voce.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/06/unnamed__5_-42587096.jpg?20241206172822" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>O que é justiça para você?</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/12/17/1200x801/1_luara_borges_dias-43165099.png?20241217151357?20241217151357", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/12/17/1000x1000/1_luara_borges_dias-43165099.png?20241217151357?20241217151357", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/12/17/800x600/1_luara_borges_dias-43165099.png?20241217151357?20241217151357" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 67408

STF discute com a sociedade civil o trabalho em plataformas digitais 436x3x
Visão do Direito

STF discute com a sociedade civil o trabalho em plataformas digitais 2a60p

"A maioria das 58 exposições reforçou a necessidade de reconhecer, ao menos, a relação de trabalho, se não o vínculo empregatício" 3x194k

Por Luara Borges Dias* — Em 9 e 10 de dezembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma audiência pública, convocada pelo ministro Edson Fachin, para discutir a existência de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativos e empresas de plataformas digitais, no contexto do Recurso Extraordinário nº 144.6336/RJ.

O evento contou com 58 exposições, envolvendo empresas, trabalhadores, pesquisadores e entidades representativas, além das partes do processo: a Uber e a empregada, conforme decisão da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A Uber defendeu sua posição como empresa de tecnologia, argumentando que os motoristas possuem liberdade e autonomia no desempenho de suas atividades, o que tornaria o modelo incompatível com o regime previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Por outro lado, a trabalhadora, representada por Meilliane Villar, sócia da LBS Advogadas e Advogados, fundamentou-se nos princípios da primazia da realidade e da tutela constitucional do trabalho para sustentar a existência de vínculo empregatício, conforme previsto na CLT.A argumentação destacou que a relação apresenta características de pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação.

A maioria das 58 exposições reforçou a necessidade de reconhecer, ao menos, a relação de trabalho, se não o vínculo empregatício.

Entre os pontos debatidos, destacou-se a defesa da competência da Justiça do Trabalho e a garantia de condições mínimas de trabalho decente, alinhadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 8 da ONU e à legislação internacional, com menção especial ao modelo espanhol.

O ree dos custos da atividade empresarial à sociedade e a ausência de responsabilidade social, trabalhista, tributária, consumerista e concorrencial foram duramente criticados. O advogado da CUT, José Eymard Loguercio, também da LBS Advogadas e Advogados, classificou esse modelo como a criação de "Empresas Zona Franca".

Ao término dos dois dias de audiência, concluiu-se que instituições acadêmicas, entidades públicas e trabalhadores convergem na defesa do reconhecimento de que entregadores, entregadoras e motoristas são sujeitos de direitos humanos trabalhistas.

Como representante da Amae-DF na audiência, manifesto a esperança de que o STF, ao julgar o tema, acompanhe o entendimento amplamente expresso pela sociedade civil. O reconhecimento do vínculo empregatício nessas relações é imprescindível para a construção de uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

*Sócia e advogada do LBS Advogadas e Advogados

Mais Lidas ow5l

Tags m162q