Diversão e Arte

O quarto disco de Carol Biazin

ora experimentou estilos diferentes para o projeto

O quarto disco de Carol Biazin -  (crédito: TMJBrazil)
O quarto disco de Carol Biazin - (crédito: TMJBrazil)

A cantora e compositora Carol Biazin, de 28 anos, apresenta nesta quinta-feira (22) seu quarto álbum de estúdio, No Escuro Quem é Você?. O projeto é a continuação direta do disco No Escuro, lançado em agosto de 2024, e mergulha em sonoridades mais profundas e ousadas, refletindo sentimentos complexos e inquietações de uma geração em busca de identidade e equilíbrio emocional.

Em entrevista à CNN, Biazin detalhou o processo criativo das 12 faixas inéditas que compõem o novo trabalho. Ela conta que a ideia de dividir o álbum em duas partes surgiu desde o início e foi resultado de um intenso processo de composição e autoanálise. Enquanto a primeira parte do disco expressa uma atmosfera sombria e de confusão emocional — e já ultraou 40 milhões de streams no Spotify —, a segunda parte revela um caminho mais claro, guiado por aceitação e continuidade. “Ela tem mais luz. Fala sobre seguir em frente, mesmo sem saber exatamente o caminho”, explicou a artista.

Segundo Carol, o título do álbum faz referência direta a um questionamento existencial: “Quem é você quando ninguém está vendo?”. A proposta é explorar o que sobra quando se tiram as máscaras sociais, as performances e as pressões das redes. “É esse o ponto: olhar para dentro com honestidade”, afirmou.

O disco também marca um momento de liberdade criativa para a artista. Ela revela que se sentiu mais “solta” durante a produção da segunda parte, o que permitiu arriscar mais nos ritmos e nas letras. “Esse disco é quase um espelho das minhas contradições. Tem muito sobre insegurança, sobre dar nome aos sentimentos, mas também fala do desejo de se libertar e continuar dançando”, disse à CNN.

Destaque ainda para as parcerias com Ebony, em “Que Pecado”, e com Vitor Kley na faixa “Terra de Ninguém” — considerada uma das mais distintas do disco. Carol conta que a colaboração com Kley nasceu de conversas sobre a vida e os desafios do mundo contemporâneo, enquanto a escolha por Ebony veio da iração por sua força e autenticidade.

O álbum também traz uma experiência audiovisual marcante com o clipe de “Dilemas da Vida Moderna”, dirigido por Gabe Lima (que já trabalhou com Marina Sena e Liniker). O vídeo mistura cenas gravadas em estúdio com imagens de celulares, webcams e inteligência artificial processada analogicamente, criando uma estética que dialoga com a hiperconectividade e a alienação cotidiana.

Carol também falou à CNN sobre sua resistência à lógica atual da indústria musical, que muitas vezes prioriza músicas pensadas para viralizar em plataformas como o TikTok. “A indústria exige números, trends, mas eu escolhi outro caminho. Quero solidez, não picos de fama”, disse. Para ela, focar apenas em viralizações compromete a conexão real com o público. “Prefiro crescer devagar, com consistência. Tenho uma base sólida de fãs, e isso é o que importa.”

Por fim, a artista expressou seu desejo de que as músicas toquem quem as ouve — assim como o processo de escrevê-las a transformou. “Nenhum sentimento é só meu. Quero que, quando alguém estiver perdido no escuro, encontre nessas músicas um alívio. Que se sinta menos só. Esse é o meu propósito”, concluiu.

TB
postado em 27/05/2025 08:23
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