EDUCAÇÃO

Professores do DF decidem sobre greve nesta terça-feira (27/5)

Assembleia ocorrerá nesta terça-feira (26/5), às 9h, no estacionamento da Funarte. Entre as reivindicações, a categoria pede 19,8% de reajuste salarial e, pelo menos, dobrar o percentual de titulação para professores ou orientadores educacionais

Correio Braziliense
postado em 26/05/2025 16:38 / atualizado em 26/05/2025 16:51
Joelma Bomfim/Sinpro-DF -  (crédito: Categoria reivindica reajuste salarial Joelma Bomfim | Sinpro-DF)
Joelma Bomfim/Sinpro-DF - (crédito: Categoria reivindica reajuste salarial Joelma Bomfim | Sinpro-DF)

Professores e orientadores educacionais da rede pública do Distrito Federal vão participar de assembleia geral com paralisação e indicativo de greve nesta terça-feira (27/5), para definir as ações da sua campanha salarial. Entre elas, a deflagração de greve. A reunião deliberativa ocorre a partir de 9h, no estacionamento da Funarte. 

Segundo o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro), a categoria vem buscando negociar com o governo a pauta de reivindicações da categoria desde o início do ano. Porém, em reunião com a Comissão de Negociação do Sinpro-DF, na última quarta-feira (21/5), o Governo do DF (GDF) afirmou que não apresentará qualquer proposta aos mais de 30 mil profissionais da educação.

Em nota emitida naquele mesmo dia, a diretoria do Sinpro apontou que “não atender às pautas dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais das escolas públicas é uma opção política do governo Ibaneis-Celina”. Ainda segundo a nota, "ao se tratar da matemática dos gastos públicos, o GDF pode fazer escolhas: há opções, por exemplo, de redução da renúncia fiscal, do perdão de dívidas e outras decisões que não ampliem a desvalorização dos profissionais do magistério público".

Na visão de Márcia Gilda, diretora do Sinpro-DF, a desvalorização da educação por parte do governo, não se posicionando em relação às demandas dos servidores, traz consequências negativas de larga escala. "Infelizmente, o GDF não está dando a importância que deveria para educação aqui do DF. Quando o governo nos ignora e não apresenta uma proposta à nossa reivindicação, desrespeita não só os professores, mas toda sociedade", defende.

A Secretaria de Estado de Educação do DF, em nota, afirma que a participação de professores e orientadores na assembleia geral é uma decisão individual e reitera que o órgão adotará estratégias para que, independentemente da decisão pela greve, o ensino não seja prejudicado. “Para as unidades escolares que aderirem à paralisação, a Secretaria de Educação fará uma proposição de calendário de recomposição, a fim de que os estudantes não tenham nenhum prejuízo pedagógico”, declara. 

A Secretaria ainda informa que está mantendo “uma mesa permanente de negociação com o Sinpro-DF para debater as reivindicações trazidas pela categoria” e reivindica, junto ao governo, ações concretas para atender às demandas dos profissionais da educação.

A Campanha Salarial do Magistério Público do DF reivindica 19,8% de reajuste rumo à Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), além de diversos itens para a reestruturação do plano de carreira. Entre eles, estão a diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial e, no mínimo, dobrar o percentual de titulação atualmente aplicado para professores ou orientadores educacionais com especialização, mestrado e doutorado. Hoje, os percentuais são, respectivamente, de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico. A reivindicação é que os percentuais sejam atualizados para 10%, 20% e 30%.

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