Greve dos Professores

Professores rejeitam proposta do GDF e greve continua

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (5/6), no gramado do Eixo Cultural Íbero Americano, milhares de professores votaram para continuar a greve da categoria deflagrada desde segunda-feira (2/6)

Bruna Pauxis
postado em 05/06/2025 15:08 / atualizado em 05/06/2025 15:49
Milhares de professores votaram para continuar a greve da categoria que acontece desde segunda-feira (2/6). -  (crédito: Bruna Pauxis)
Milhares de professores votaram para continuar a greve da categoria que acontece desde segunda-feira (2/6). - (crédito: Bruna Pauxis)

Os professores do Distrito Federal, em assembleia ocorrida na manhã desta quinta-feira (5/6), decidiram continuar com a paralisação deflagrada na última segunda-feira (29). A categoria considerou a proposta apresentada pelo GDF "insuficiente" diante das reivindicações do grupo e deliberou pela continuidade do movimento. A reunião, que ocorreu no gramado do Eixo Cultural Íbero Americano, reuniu milhares de docentes.

A proposta  foi apresentada à comissão de negociação do Sinpro-DF pelas Secretarias da Casa Civil, da Educação e da Economia do GDF e contém quatro itens: convocação de 3 mil professores em dezembro/2025; prorrogação do concurso realizado em 2022; convocação de novo concurso público no segundo semestre e construção do calendário da carreira com mediação do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) e a participação das secretárias da Casa Civil, de Educação e de Economia, com  conclusão em 90 dias. A proposta foi submetida à assembleia, mas os professores decidiram dar continuidade à paralisação. 

Greve dos professores

Segundo o Sinpro-DF, a greve tem como pautas centrais a valorização profissional, a reestruturação da carreira e a reposição salarial de 19,8%, percentual que representa parte das perdas inflacionárias acumuladas e um o necessário rumo ao cumprimento do Plano Distrital de Educação (PDE) — que estabelece que os salários do magistério devem estar, no mínimo, na média das demais carreiras de nível superior do GDF.

Os professores do Distrito Federal estão em greve desde segunda-feira (2/ 5), após a paralisação ser declarada em 27 de maio. Na última quarta-feira (4/6), terceiro dia da greve, a Secretaria de Educação divulgou um memorando com orientações aos gestores escolares sobre os efeitos istrativos da paralisação, como o corte de ponto. A medida foi decretada após decisão do TJDF, que julgou abusiva a greve e, além do corte, estabeleceu multa diária de R$ 1 milhão à entidade.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) ingressou, também na quarta-feira (4/6), com uma Reclamação Constitucional no STF pedindo a suspensão da decisão do tribunal.

 

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