Ensino superior

Faculdade de Medicina Sírio-Libanês: inscrições terminam nesta quarta (11/6)

Primeiro edital para o curso oferta 50 vagas, das quais 10% serão destinadas a alunos com bolsa integral; mensalidades custarão R$ 12.400, e formação terá duração de seis anos, em período integral

Jaqueline Fonseca
postado em 08/06/2025 06:00 / atualizado em 08/06/2025 06:00
Faculdade de Medicina do Sírio Libanês tem laboratórios modernos e centros de simulação 
 -  (crédito: Jaqueline Fonseca / CB/DaPress )
Faculdade de Medicina do Sírio Libanês tem laboratórios modernos e centros de simulação - (crédito: Jaqueline Fonseca / CB/DaPress )

Um novo polo de ensino foi instalado em São Paulo para formar médicos de excelência focados em cuidar de pessoas com humanidade e técnica. A Faculdade de Medicina Sírio-Libanês foi inaugurada em 22 de março, em um evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O investimento é alto: as mensalidades custam cerca de R$ 12.400, e o curso terá duração de seis anos, em período integral.

O primeiro edital da Faculdade Sírio-Libanês para o curso de medicina oferta 50 vagas. Do total de vagas, 10% serão destinadas a bolsistas que terão 100% de desconto. Essas oportunidades serão destinadas a alunos da rede pública ou bolsistas da rede privada que atendam os critérios socioeconômicos e afirmativos e sejam aprovados em um rigoroso processo seletivo — idêntico ao que é aplicado aos demais alunos. Aqueles que forem aprovados terão as bolsas avaliadas semestralmente.

Conforme Denise Greff Machado, gerente de ensino do Sírio-Libanês, o processo seletivo inclui duas fases, com nota de corte e mini-entrevistas em oito estações com desafios. "Eles vão ar por diversos desafios nessas estações e depois dessa composição, ela se junta à primeira fase, e a gente tem a avaliação final", afirma.

Infraestrutura

A unidade de ensino conta com estrutura moderna e tecnologia de ponta, oferecendo o que há de mais avançado em educação e saúde para os estudantes, que iniciarão as aulas em agosto. Laboratórios simulam cenários reais e desafiam os acadêmicos a buscarem soluções assertivas e eficazes.

Um dos destaques é o simulador SimMan 3G Plus, que emula um paciente que respira, pisca e até convulsiona se o medicamento istrado seja inadequado. Além disso, há ambientes para realidade virtual com aulas imersivas e uma biblioteca digital com centenas de milhares de títulos - e aumentando conforme novas publicações científicas são feitas. A Faculdade de Medicina Sírio-Libanês tem no corpo docente profissionais experientes que vão guiar os futuros médicos com metodologias ativas de aprendizagem com foco no aluno.

"Nós acreditamos fortemente que o aluno é o centro do processo de aprendizagem, mas que dois alunos vão aprender de maneiras distintas. Portanto, eu não posso ter uma única metodologia de ensino. O nosso ensino é centrado no aluno, mas dependendo do tema e da aptidão de cada um, a metodologia a ser empregada vai variar", afirma Luiz Fernando Lima Reis, diretor de pesquisa do Sírio-Libanês.

O coordenador da graduação de medicina da Faculdade Sírio-Libanês, Christian Morinaga, pontua que todo processo de aprendizagem será integrado e prático, fugindo da dicotomia entre o ler e o fazer. "Cada vez mais o currículo moderno tem que ser integrado. E a gente acredita nesse modelo de integração, no qual você tem as matérias básicas junto com contexto clínico, em que sempre o médico vai estar presente", explica.

Os médicos de referência do hospital Sírio Libanês também serão professores na faculdade, e um conselho presidido pelo cardiologista Roberto Kalil Filho vai acompanhar de perto as atividades para garantir que os alunos tenham sempre uma postura humanizada diante dos pacientes. "Nós temos uma preocupação e vamos acompanhar isso, o médico tem que saber cuidar do ser humano. Não é cuidar da doença, nem do doente, é ser humano. Isso é difícil", comentou o Dr Kalil, responsável pelo centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.

Hospital-escola

Uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde recém-inaugurada em Barueri será o principal hospital-escola da faculdade. Nesse espaço, pacientes da rede pública serão atendidos pelos médicos-professores e pelos alunos da faculdade. Esse ambiente vai promover um diferencial na formação dos novos médicos, pois eles serão acompanhados de perto, durante todo tempo pelos professores da unidade.

O médico responsável pelo centro de oncologia do Sírio Libanês, Rodrigo Munhoz, detalha que a dinâmica de trabalho da equipe que cuida de pacientes com câncer conta com reuniões semanais para discutir casos específicos e, com a inclusão dos atendimentos do hospital de Barueri, a equipe deverá ser ampliada aumentando a discussão e escopo de conhecimento. Ele garante ainda que, no hospital-escola, os atendimentos seguirão o mesmo padrão de excelência do Sírio Libanês.

"Os protocolos de cuidados dos pacientes que serão empregados dentro do Hospital de Barueri serão desenvolvidos pelo corpo clínico do Hospital Sírio Libanês, o que seguramente vai contribuir para o cuidado dos pacientes. A gente vai focar em médicos que possam desempenhar um cuidado bom, tanto em termos de cuidado técnico quanto humanitário, carinho, cuidado com os pacientes", comenta.

*A jornalista viajou a convite do Sírio-Libanês

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