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A teledramaturgia tem esse poder porque entra, diariamente, no lar de milhões de brasileiros, formando uma espécie de conversa íntima com o telespectador, que a a refletir sobre sua própria realidade a partir das narrativas que assiste.</p> <p class="texto">Por isso, a escolha das tramas e dos perfis representados nas novelas costuma ser costurado com a responsabilidade e a consciência de seu potencial social. Embora seja um produto que visa audiência e lucro, a novela é, também, um instrumento de formação cultural e cidadã. 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Ficção que transforma q6u6y
responsabilidade social

Ficção que transforma 665x2u

A força da telenovela reside, principalmente, na sua capacidade de criar identificação 4cp10

O recente impacto causado pela diarista Lucimar, vivida por Ingrid Gaigher, na nova versão da novela Vale tudo, evidencia uma vez mais a força que a telenovela exerce na vida cotidiana do brasileiro. A cena em que a personagem entra com um pedido de pensão alimentícia para o filho transcende o entretenimento e provocou uma mobilização social concreta: em apenas uma hora, mais de 270 mil mulheres buscaram informações sobre seus direitos, segundo dados divulgados pela atriz em entrevista ao Correio.

Esse episódio reforça a ideia de que a telenovela, longe de ser apenas um produto cultural de consumo ivo, é uma potente ferramenta de conscientização, reflexão e até transformação social. Desde as primeiras produções exibidas na televisão brasileira, o gênero sempre esteve profundamente conectado com os dramas, dilemas e aspirações do povo. A diferença é que, hoje, com o o facilitado à informação, as mensagens transmitidas pela ficção podem ter efeitos ainda mais imediatos e tangíveis, como demonstram os 4.500 os por minuto ao aplicativo da Defensoria Pública após a exibição da cena.

A força da telenovela reside, principalmente, na sua capacidade de criar identificação. Quando personagens como Lucimar ganham espaço na trama, representando milhões de mulheres que enfrentam sozinhas o desafio de criar seus filhos e de lutar pelo reconhecimento de seus direitos, o público se vê espelhado e se sente encorajado a agir. O que antes poderia parecer um obstáculo intransponível — como o processo judicial para obtenção de pensão alimentícia — torna-se, de repente, uma possibilidade real, estimulada pela coragem ficcional que inspira ações concretas.

Não é a primeira vez que a teledramaturgia brasileira impulsiona movimentos sociais ou modifica comportamentos coletivos. Basta lembrar do debate sobre a dependência de drogas em O clone (2001) e do enfrentamento da violência doméstica e da defesa do Estatuto do Idoso em Mulheres apaixonadas (2003). A teledramaturgia tem esse poder porque entra, diariamente, no lar de milhões de brasileiros, formando uma espécie de conversa íntima com o telespectador, que a a refletir sobre sua própria realidade a partir das narrativas que assiste.

Por isso, a escolha das tramas e dos perfis representados nas novelas costuma ser costurado com a responsabilidade e a consciência de seu potencial social. Embora seja um produto que visa audiência e lucro, a novela é, também, um instrumento de formação cultural e cidadã. A televisão aberta ainda é o principal meio de comunicação do país, alcançando todas as classes sociais, muitas vezes superando a escola e outros espaços formais de educação na tarefa de transmitir valores, ideias e informações.

O caso de Lucimar é exemplar, pois demonstra como uma simples cena pode romper o limite da ficção e gerar um efeito multiplicador de cidadania, fazendo com que milhares de mulheres se informem e lutem por seus direitos. A coragem da personagem provocou um movimento que, provavelmente, resultará na garantia de dignidade para muitas famílias.

A telenovela, como se vê, não apenas entretém: ela transforma.

 


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