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A entidade argumenta que três dos cinco senadores que integram o colegiado "têm envolvimento explícito na defesa do garimpo".</p> <p class="texto">O Cimi se refere aos parlamentares Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente da comissão; Hiran Gonçalves (PP-RR), relator dos trabalhos; e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).</p> <p class="texto">"A maioria formada pelos três senadores de Roraima deslegitima e desvirtua a missão da Comissão Externa devido ao envolvimento explícito deles na defesa do garimpo dentro da TI Yanomami, atividade criminosa cujas consequências e impactos ficaram evidentes para toda a sociedade brasileira", diz a nota.</p> <p class="texto">A entidade se une às manifestações de organizações indígenas e repudia a presença dos parlamentares na comissão externa. 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"Queremos um colegiado mais representativo e uma comissão com plano de trabalho definido e aprovado por todos os seus membros para que possamos agir coletivamente, como é o espírito norteador de qualquer atividade dentro de uma casa parlamentar", argumentou, à Agência Brasil.</p> <p class="texto">O senador defende, desde a instalação, que a comissão seja composta por parlamentares de diferentes estados. "A senadora Eliziane ocupando uma dessas posições é importante para que tenhamos também um olhar externo. Essa não é uma comissão dos senadores de Roraima, mas é do Congresso Nacional", frisou, na ocasião.</p> <p class="texto">Mesmo após as manifestações do CIR e da Foirn, Chico Rodrigues esteve na Terra Yanomami, na última segunda-feira, acompanhado de um assessor, sem a presença dos demais parlamentares que integram o grupo de trabalho.</p> <p class="texto">Na terça-feira, o Ministério Público Federal (MPF) em Roraima pediu explicações sobre a visita do parlamentar à TI. "A medida visa identificar os objetivos e atividades da referida Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Yanomami, na perspectiva da defesa dos povos que habitam a TI Yanomami. Foi concedido prazo de 10 dias para resposta", ressaltou o órgão.</p> <p class="texto">Ao Correio, na quarta-feira, Eliziane Gama disse que os demais senadores não foram avisados em tempo hábil para acompanhar a visita, "então não tem legitimidade, ainda mais uma visita feita com custos dos cofres públicos". "Não vamos aceitar que uma comissão que leva o nome dos ianomâmis possa, por exemplo, servir de instrumento de quem quer que seja que tenta aumentar ou até legitimar uma ação criminosa contra os povos ianomâmis", afirmou.</p> <p class="texto">A senadora ainda destacou que a comissão sequer possui plano de trabalho. "A única reunião que ocorreu foi da sua instalação", acrescentou.</p> <p class="texto">A reportagem entrou em contato com as assessorias de Chico Rodrigues, Hiran Gonçalves e Mecias de Jesus, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.</p> <p class="texto">O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também foi questionado se houve algum tipo de oficialização para que seja alterada a composição da comissão, porém não respondeu.<br /></p> <p class="texto"></p> <h3>Cobertura do Correio Braziliense</h3> <p class="texto">Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o <strong>Correio Braziliense</strong> nas redes sociais. 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Cimi diz que senadores de Roraima têm envolvimento na defesa do garimpo ilegal 451c5f

Jornal Correio Braziliense 1q2l15

Caso Ianomâmis

Cimi diz que senadores de Roraima têm envolvimento na defesa do garimpo ilegal 5pzj

Conselho Indigenista Missionário afirma que os parlamentares Chico Rodrigues, Hiran Gonçalves e Mecias de Jesus têm envolvimento na defesa do garimpo na Terra Yanomami e pede a recomposição do colegiado que tratará da situação dos indígenas 5ai3l

Em meio à crise humanitária no Território Indígena (TI) Yanomami, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pediu formalmente, ontem, que a composição da Comissão Externa Temporária instalada pelo Senado seja revista. O grupo oficializado no último dia 15 tem o intuito de acompanhar a retirada dos garimpeiros em Roraima. A entidade argumenta que três dos cinco senadores que integram o colegiado "têm envolvimento explícito na defesa do garimpo".

O Cimi se refere aos parlamentares Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente da comissão; Hiran Gonçalves (PP-RR), relator dos trabalhos; e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

"A maioria formada pelos três senadores de Roraima deslegitima e desvirtua a missão da Comissão Externa devido ao envolvimento explícito deles na defesa do garimpo dentro da TI Yanomami, atividade criminosa cujas consequências e impactos ficaram evidentes para toda a sociedade brasileira", diz a nota.

A entidade se une às manifestações de organizações indígenas e repudia a presença dos parlamentares na comissão externa. "Solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias para a recomposição da comissão ou, inclusive, para reconduzir ou reconsiderar a própria iniciativa para evitar que um mecanismo importante seja instrumentalizado a serviço de interesses contrários à sua própria missão, o que contribuiria ao descrédito sobre estas diligências", argumenta o Cimi.

No último sábado, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) haviam pedido o afastamento dos senadores.

Para o Cimi, a manutenção da Comissão Externa Temporária com a atual composição "mancha a imagem do Senado e do Congresso Nacional e os coloca na contramão do necessário esforço coletivo de todas as instituições democráticas para atender à gravíssima situação na TI Yanomami e recuperar políticas públicas fundamentais destruídas durante o governo anterior".

Além dos parlamentares de Roraima, compõem a comissão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), como vice-presidente, e Humberto Costa (PT-PE).

Costa disse que solicitará ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que amplie o número de membros da comissão. "Queremos um colegiado mais representativo e uma comissão com plano de trabalho definido e aprovado por todos os seus membros para que possamos agir coletivamente, como é o espírito norteador de qualquer atividade dentro de uma casa parlamentar", argumentou, à Agência Brasil.

O senador defende, desde a instalação, que a comissão seja composta por parlamentares de diferentes estados. "A senadora Eliziane ocupando uma dessas posições é importante para que tenhamos também um olhar externo. Essa não é uma comissão dos senadores de Roraima, mas é do Congresso Nacional", frisou, na ocasião.

Mesmo após as manifestações do CIR e da Foirn, Chico Rodrigues esteve na Terra Yanomami, na última segunda-feira, acompanhado de um assessor, sem a presença dos demais parlamentares que integram o grupo de trabalho.

Na terça-feira, o Ministério Público Federal (MPF) em Roraima pediu explicações sobre a visita do parlamentar à TI. "A medida visa identificar os objetivos e atividades da referida Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Yanomami, na perspectiva da defesa dos povos que habitam a TI Yanomami. Foi concedido prazo de 10 dias para resposta", ressaltou o órgão.

Ao Correio, na quarta-feira, Eliziane Gama disse que os demais senadores não foram avisados em tempo hábil para acompanhar a visita, "então não tem legitimidade, ainda mais uma visita feita com custos dos cofres públicos". "Não vamos aceitar que uma comissão que leva o nome dos ianomâmis possa, por exemplo, servir de instrumento de quem quer que seja que tenta aumentar ou até legitimar uma ação criminosa contra os povos ianomâmis", afirmou.

A senadora ainda destacou que a comissão sequer possui plano de trabalho. "A única reunião que ocorreu foi da sua instalação", acrescentou.

A reportagem entrou em contato com as assessorias de Chico Rodrigues, Hiran Gonçalves e Mecias de Jesus, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também foi questionado se houve algum tipo de oficialização para que seja alterada a composição da comissão, porém não respondeu.

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