
No segundo dia do 11º Fórum Parlamentar do Brics, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que o encontro entre os representantes dos parlamentos que integram o Brics é fundamental para contribuir e fortalecer a aliança global entre os países que compõem o bloco e, também, o multilateralismo.
Para Motta, o evento no parlamento cumpre com um papel fundamental no ordenamento global e ajuda a regulamentar e discutir temas como o combate à pobreza e à fome, o aquecimento global, a sustentabilidade e as mudanças climáticas. Para ele, o legado do encontro é incalculável.
“Temos 40% do movimento econômico do planeta sendo protagonizado por esses países, o que faz com que essa reunião possa ser mais consistente e mais sólida para trazer para o nosso povo prosperidade do ponto de vista econômico”, defendeu o presidente.
“Temos uma inovação com o encontro de mulheres dos parlamentos do Brics. Inova na participação feminina, inova com o encontro dos presidentes das comissões de Relações Exteriores e agrega muitos assuntos”, disse.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que o Fórum Parlamentar “é um o muito grande” para os países que compõem o bloco e também para os convidados. Ele defendeu o fortalecimento de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Esse encontro de representantes de parlamentos acontece 30 dias antes da reunião dos chefes de Estado do Brics no Brasil, que vai acontecer no Rio de Janeiro. Esse é um o muito grande no sentido de que o parlamento brasileiro e também os parlamentos de todos os países que compõem o bloco, possam efetivamente tomar a dianteira nas discussões globais que estão sendo feitas. Um caso concreto é o fortalecimento dos organismos internacionais. É preciso que eles estejam fortes. É preciso que a ONU e a OMC estejam fortes e que o FMI tenha a participação desses países”, destacou.
Alcolumbre disse ainda ser papel do parlamento definir regras para a regulamentação do uso de inteligência artificial e das redes sociais. A declaração ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a responsabilidade civil das plataformas da internet por conteúdos de terceiros.
“Temos uma discussão que é necessário fazermos agora sobre a inteligência artificial. Hoje, estamos vivendo um dilema da regulação das redes sociais. É preciso estarmos na dianteira sobre a regulação da inteligência artificial, e isso também é papel fundamental e principal do Parlamento. Essa agenda na relação interparlamentar que estamos promovendo no Brasil é, sem dúvida nenhuma, um o gigantesco nesta construção”, explicou o senador.
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Ele frisou que eventos como o 11º Fórum Parlamentar fortalecem o papel dos Brics no “enfrentamento salutar” aos países que compõem o G7 — grupo dos países mais industrializados do mundo.
“Quando a gente fala no Brics, estamos falando de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Estamos falando de 50% da população mundial. O Brics, direta ou indiretamente, está se posicionando para fortalecer esses países no enfrentamento ao G7, um enfrentamento salutar. Um enfrentamento de países que se unem nesta relação, que vai permear o futuro da humanidade”, finalizou o presidente do Senado e do Congresso Nacional.