A respiração é a nova 'impressão digital' dos humanos. Segundo estudo, é possível identificar uma pessoa pelas 'impressões nasais' com 96,8% de precisão
O estudo publicado na Current Biology parte de uma hipótese que relaciona os sistemas nervosos e respiratórios: se a respiração é controlada por redes cerebrais únicas e complexas, o padrão respiratório é uma manifestação dessa singularidade?
Para analisar a hipótese, cientistas desenvolveram um pequeno aparelho que fica logo abaixo do nariz com dois sensores que medem o fluxo de ar nas duas narinas.
100 pessoas com idade entre 18 e 35 anos ficaram com o aparelho por 24 horas enquanto mantiveram a rotina usual. 42 participantes foram convidados a participar do teste pela segunda vez, que aconteceu ao longo de dois anos.
O estudo mostra que os padrões de respiração estão atrelados a fatores físicos como índice de massa corporal (IMC), além de analisar o ciclo de sono e questões de saúde mental.
Os resultados apontam que indivíduos com ansiedade tendem a apresentar inalações mais curtas e maior variação entre as pausas na respiração durante o sono. Já aqueles com pontuação mais alta para depressão tiveram um fluxo inspiratório de pico superior
Os pesquisadores acreditam que os transtornos de saúde mental mudam a forma do indivíduo de respirar. No entanto, há chances de que a relação indique o contrário: a forma de respirar pode ter impactos significantes no psicológico
Os cientistas já iniciaram novos estudos para analisar como os padrões respiratórios podem ajudar na melhora das condições físicas e mentais.