Com uma primeira temporada de sucesso lançada em 2023, DNA do Crime acaba de retornar à Netflix com episódios inéditos. Em entrevista ao Estadão, os criadores e o elenco da série falaram sobre transformar crimes reais em ficção, a preparação para interpretar personagens que vivem cercados pelo crime e o fascínio do público com histórias de true crime.
Inspirada em crimes reais que aconteceram no Brasil e em outros países da América do Sul, a série se aproveita de um momento em que o gênero, que explora casos reais, está em alta, com uma extensa produção do audiovisual e de podcasts sobre o tema.
"(A popularidade do true crime) mostra que a realidade é sempre mais surpreendente do que qualquer ficção. E boas ficções normalmente têm um pé no real", afirma Heitor Dhalia, criador e roteirista da série. "Acho que, no caso específico do Brasil, a criminalidade chegou a um nível tão impressionante que as histórias são também impressionantes."
De acordo com o cineasta pernambucano, DNA do Crime trata de algumas "modalidades" tipicamente brasileiras. "Não existe em nenhum outro país uma referência a um tipo de crime que paralisa uma cidade ou um pedaço dela. E que subjuga as forças de segurança pelo poder bélico", diz.
Para o diretor Manoel Rangel, o mundo do crime apresenta pormenores que despertam a curiosidade no público. "(Consumir true crime) é também a possibilidade de você vivenciar uma experiência, naquele momento, de algo que você, em sua vida, não fará nunca. Por conta de um código ético, por conta de uma conduta moral e do seu lugar na sociedade. Então, acho que isso desperta uma curiosidade profunda", afirma.
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Apesar da inspiração na realidade, DNA do Crime não é, necessariamente, uma série de true crime, mas uma versão fictícia dos acontecimentos. A escolha dos casos que vão ser adaptados - e como eles serão retratados - é resultado de uma pesquisa constante.
"A pesquisa que a gente tem é on-going, acontece o tempo inteiro. Eu, por exemplo, participo de alguns grupos em que são trocadas muitas notícias policiais. E o outro lado é que a gente vai ouvindo também histórias dos nossos consultores do crime."
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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