
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (29/5) que o governo espera concluir o ressarcimento das vítimas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) antes do fim do ano. Em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, nesta semana, foi determinado um prazo até 31 de dezembro para que o processo seja concluído.
Segundo o ministro, esse é o prazo limite, mas a expectativa é de que os pagamentos sejam feitos antes. “Eu espero que a gente consiga isso bem antes, porque isso foi um pedido do presidente da República, ele pediu que a gente fosse rápido, implacável na busca dos culpados”, disse Queiroz em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da TV Brasil.
Segundo o ministro, primeiro o governo pretende ressarcir e só depois buscar os recursos das associações, que já estão bloqueados. “Tem mais recursos para entrar na investigação que está em curso, novos patrimônios são descobertos. Isso vai segurar o lastro para a gente começar esse ressarcimento", afirmou.
Questionado sobre as medidas de proteção para que novos descontos com entidades não sejam autorizados, o ministro afirmou que a pasta conta com uma força-tarefa previdenciária. “A Previdência Social é sempre atacada, semanalmente temos operações”, destacou.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Proibição do desconto em folha
Parlamentares têm apresentado projetos de lei que visam proibir descontos em folha de pagamento, no âmbito do INSS, para evitar fraudes e proteger os benefícios dos segurados. Para Queiroz, essa não é a melhor alternativa. “A gente acha que os critérios devem ser aprimorados, mas em alguns momentos o desconto em folha é saudável para o apresentado. Por exemplo, no crédito consignado, ele recebe o valor do empréstimo e paga no final do mês, isso acontece com 16 milhões de aposentados.”
Ele afirmou que uma proibição total do desconto em folha pode resultar em mais dificuldade para que os aposentados em o crédito. “Agora, é importante que haja biometria, o consentimento, que não haja fraudes e que o modelo de governança e de gestão seja aprimorado para que a gente possa ter um modelo confiável”, avaliou.
“Esse é o nosso objetivo, agora, se o Congresso decidir encerrar o desconto em folha para todas as modalidades, nós vamos acatar e procurar uma outra forma”, completou o ministro.